segunda-feira, abril 20, 2015

BRASIL: DOIS MUNDOS - DERIVADOS / POLITICO E A CRISE.

  O que assistimos hoje no Brasil nos noticiários não é novidade para qualquer um de nós. Desde que me entendo por gente, vejo alguns políticos ganhando votos através de órgãos públicos que colocavam bicas de água nas ruas, obras sem qualidade, entre outros com a finalidade de o vereador ou deputado angariar votos. Depois, este mesmo (alguns) representante eleito, votava a favor de contas erradas do executivo (prefeitos, governadores) ou a favor de obras que nunca saiam do papel, mas que o dinheiro dos custos saia dos cofres públicos e que provavelmente ia direto para as contas dos envolvidos. Criou-se a Lei 8.666 e nada resolveu. O brasileiro é muito criativo!
  Infelizmente, com o passar do tempo e com a falta de punição, a população passou a achar normal estas falcatruas. E, qual é a situação hoje?
  Quando o cidadão quer se candidatar (nem todos), já começa a fazer acordo com as bases de um partido. Não se discute metas do trabalho, propostas a ser realizada, mas sim a divisão dos cargos. Quem tem mais apoio tem que dar mais cargos e dinheiro. O salário do político não é tanto para tantas divisões, assim, alguns quanto eleitos, começam a procurar jeitinhos para ganhar mais e dividir com os outros para se conservar no poder. Desta maneira, ele vota o que é melhor para empresários e agentes corruptos do Executivo, pois assim, cargos e dinheiro irão para sua conta.
  Com mais poder de voto, começa ele a fazer parte de grupos do Executivo que até avaliam licitações, ficando do lado de quem dá mais e não, de quem trabalha melhor (capacitação técnica).  Formam-se os cartéis com a participação do Executivo (alguns) e do Legislativo. As obras não são concluídas, ou quando são, com materiais de baixo nível, só assim, é garantido o lucro de todos. A dita boquinha!!! Vide exemplo do Comperj (Polo petroquímico de Itaboraí/RJ), que já comprometeu aproximadamente US$ 21,6 bilhões de dólares, e as obras estão praticamente paradas, com volume de demissões enorme - TRISTE!  
  O político que tem mais poder indica os cargos de confiança do alto escalão do poder executivo, dos órgãos da direta e da indireta: Presidentes de empresas públicas, comandantes de polícia ou similares, presidente de fundações, entre outras, assim, o serviço fica à mercê do político e não da população que paga seus impostos. Poderia indicar e fazer a coisa certa (função de estado).
  As comissões ganhas nas licitações públicas, que dizem chegar até 10% é o menor das irregularidades, já é sistêmico e tem gente que pensa que está até na lei. Ninguém se preocupa em ostentar o que compra com os tais 10%. Para desmascarar esta situação existe uma atitude simples: Conferir os ganhos do servidor público com os bens e o tipo de vida que ele e sua família levam. Mas quem vai fazer isso, se os órgãos de controle, internos e externos, dizem que também estão corrompidos e são indicações políticas. O servidor público sério de carreira, quando tenta desbaratar um grupo desses, pode esperar uma transferência ou até ameaças de morte. A situação é muito grave!!!
  Na verdade, só a educação, a longo prazo, e punição, a curto prazo, podem mudar esta realidade perversa. Mas...punir... como? Hoje, dizem que até o judiciário está corrompido! Os ministros do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal são indicações do Presidente da República, referendado pelo Senado Federal. Podemos observar que alguns julgamentos são feitos de acordo com o interesse do líder do governo, e não, de acordo com o interesse público.
  Para culminar, assistimos estarrecidos a Presidente da república, que manda mensagem para o Congresso Nacional a fim de aumentar impostos, visando cobrir os rombos que realizou nos cofres públicos por má gestão e até por ocasião das eleições e, este Poder aprova todos os crimes praticados contra o cidadão brasileiro, em claro conluio institucional. As Agências Reguladoras provam aumentos descabidos da energia elétrica, da água, de tudo, para mascarar o rombo feito nas empresas que confiaram nas política do governo que aí está.
 Ao mesmo tempo que assistimos nos noticiários os graves desvios de dinheiro público realizados na Petrobrás, Caixa Econômica, Ministério da Saúde e da Previdência, Telebrás, entre outras, somos obrigados a ouvir que temos que pagar mais impostos, que o Brasil precisa do povo.
  Esta é a política que nós temos! O que podemos esperar dela? Vamos começar por reforma politica e depois lutar por outras para este país canhar o rumo.


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