sexta-feira, maio 31, 2013

EUROPA: ZONA MONETÁRIA ÚNICA SEM UMA POLÍTICA FISCAL COMUM, É CONVITE PARA A CRISE!

“As reformas estruturais só podem dar frutos se forem feitas em conjunto com medidas de crescimento. Não é uma escolha entre "crescimento ou austeridade".              
(Gerhard Schröder / Jacques Delors – El País, 24) 1. As crises econômicas dos últimos anos ajudaram a Europa a tomar novas medidas para uma maior integração, começando com medidas de estabilização financeira e por um projeto de união bancária que ainda está em construção. A essa altura, todo mundo já sabe que ter uma zona monetária única, sem uma política fiscal comum, é um convite para o tipo de crise que temos vivido.  Contudo, a Europa chegou a este ponto relutante e sujeita a grandes tensões, com base em uma série de acordos entre os líderes de governo que, na opinião de muitos, estão permitindo que os estados maiores e mais poderosos imponham suas políticas antidemocráticas aos outros.
2. Em vários países, especialmente Itália, Grécia e Espanha, em que os custos sociais do ajuste têm sido particularmente elevados, se está produzindo uma reação cada vez mais generalizada contra a própria ideia de Europa. Além disso, de um tempo para cá, podemos observar o aumento preocupante dos partidos e movimentos que parecem pensar que a reafirmação nacionalista os irá livrar de imperativos comuns envolvendo o governo europeu ou que acreditam que o protecionismo lhes permitirá evitar a obrigação de encontrar uma maneira de lidar com a falta de competitividade europeia.           
3. O resultado inegável é que os cidadãos europeus não estão dispostos a avançar no caminho das reformas e da integração, se não lhes é dada voz e voto na hora de determinar o curso, e enquanto não houver um programa comum de emprego e de emergência para mostrar que a Europa serve para alguma coisa.                
4. a) Entre o momento que você tem que tomar decisões difíceis e o momento em que as reformas tenham efeito e se obtenha os resultados, leva algum tempo. Em alguns casos, este intervalo pode ser de até cinco anos. E isso é um problema para os políticos quando neste período são realizadas eleições, como acabamos de ver na Itália.
b) As reformas estruturais só podem dar frutos se forem feitas em conjunto com medidas de crescimento. Em geral, o debate atual é uma repetição daquele que já tivemos em 2003 e 2004, no que diz respeito ao Pacto Europeu de Estabilidade e Crescimento.                
5. É obrigatório que sempre exista uma correlação entre a vontade de empreender reformas estruturais e uma vontade de ser solidário. Não é uma escolha entre "crescimento ou austeridade". Estamos convencidos de que as duas políticas podem ser combinadas de forma inteligente, de fato, precisam ser combinadas. Precisamos de disciplina orçamentaria, precisamos de reformas estruturais, mas o programa de austeridade deve vir acompanhado de fatores de crescimento. Um aspecto fundamental é a luta contra o desemprego entre os jovens na Europa. Não podemos nos resignar a ter uma "geração perdida" cada vez maior em todo o continente porque, em muitos países, mais da metade dos jovens estão desempregados. Os líderes europeus que irão participar da reunião aberta do Instituto Berggruen, em Paris, em 28 de maio, irão abordar esta questão e apresentarão sua proposta de um "Novo Pacto para a Europa".

(Ex- Blogger de Cesar Maia – dia 31.05.2013).

quinta-feira, maio 30, 2013

MUNDO: A EQUAÇÃO ENERGÉTICA INGRESSA NO REINO DA ABUNDÂNCIA!

Aqui no Brasil, a exploração do gás de xisto é uma alternativa viável para o país garantir e ampliar a competitividade nacional, ante outros mercados, mas deve levar em consideração os possíveis riscos ambientais. "O procedimento de exploração envolve a explosão de rochas sedimentares e injeção de grande quantidade de água (cerca de 90%), areia (9%) e reagentes químicos (1%). 
(Jorge Castro – Clarín, 26) 1. A produção de energia cresce mais depressa do que a demanda a partir dessa década, e um terço desse crescimento corresponde aos EUA.  A produção norte-americana de petróleo bruto subiu em 800 mil barris por dia em 2012, e a oferta petroleira aumentou 50% desde 2008. É o maior aumento em um ano de sua história desde que se têm registros (1854).              
2. Mais de quatro quintos desta alta é por conta do gás de xisto.   Metade do aumento global de petróleo virá dos EUA e Canadá durante os próximos 10 anos, mais do que a Arábia Saudita. O mesmo se aplica para o gás.  A demanda global de gás alcançará 5,1 bilhões de metros cúbicos (bcm) em 2035 (hoje é de 1,8 bcm), a participação do gás na energia passará de 21% para 25% e subiria para 40% em meados do século.
3. O boom do gás de xisto nos EUA modificou a equação energética global, que sai do mundo da escassez, no qual tem estado submergido historicamente, e ingressa no reino da abundância. Nessa transição, o Oriente Médio perde a sua natureza de região estratégica central e sua importância geopolítica é reduzida qualitativamente.
4. A América do Norte adianta a tendência global. Os preços da gasolina nos EUA são atualmente um terço dos europeus e 25% dos asiáticos, e o preço do barril do petróleo no Canadá caiu em 2012 para 50 dólares o barril, metade do Brent (petróleo cru) (cotado a 104/110 dólares no mesmo período).





MUNDO: OCDE: “ÍNDICE PARA UMA VIDA MELHOR”! BRASIL 33, CHILE 34, MÉXICO 35 EM 36 PAÍSES!

(El País, 29). O Índice para uma Vida Melhor – adotado pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) - foi criado por uma comissão orientada pelos prêmios Nobel de economia Joseph Stiglitz, Amartya Sen e Jean-Paul Fitoussi. O último informe de bem estar econômico e social elaborado pela OCDE comparando 36 países coloca Turquia em último (36), México (35), Chile (34) e Brasil (33). Nos primeiros lugares estão Austrália, Suécia e Canadá. Esse Índice é alternativo ao PIB e leva em conta os indicadores de habitação, renda, emprego, comunidade, educação, meio ambiente, compromisso cívico, saúde, satisfação com a vida, segurança e balanço vida/trabalho.