domingo, abril 01, 2007

ECONOMIA: DESENVOLVIMENTO COM FOCO CENTRADO E ARTICULADO

No Estado do Rio de Janeiro, precisamos focar o desenvolvimento econômico e social nos grandes pólos, a partir da vocação de cada região. Podemos citar como exemplo a Região do Médio Paraíba, com o Pólo Metal-Mecânico, tendo suas âncoras na siderurgia e nas montadoras, que promoveram uma grande revolução naquela região. Assim também é visto em Friburgo e adjacências, que com o seu pólo de confecção se tornaram competitivo, e hoje, representa, aproximadamente, 20% da produção nacional de moda íntima. Os Pólos Industriais de Santa Cruz e Campo Grande, que têm como âncoras o grupo Gerdau/Cosigua, Michelin e Valesul, As gigantes do aço ThyssenKrupp e Vale do Rio Doce (CSA -Companhia Siderúrgica do Atlântico) que esta implantando sua nova siderúrgica no Pólo Industrial, o volume de investimentos chega a cifras de R$ 9 bilhões, que entre outras, vão promover o crescimento da Zona Oeste da Cidade do Rio, mostrando que a correnteza do Rio corre forte na direção dessa região. O Pólo de Polímeros, o primeiro do gênero no país, foi instalado em Duque de Caxias, Baixada Fluminense, onde várias empresas transformadoras de plástico já integram o Pólo, devendo criar, até o final de 2007, aproximadamente 20 mil vagas, considerando empregos diretos e indiretos; é o maior empreendimento gás-químico construído na América Latina.
As regiões Norte e Noroeste Fluminense, com a fruticultura, vêm minimizando um antigo problema de desemprego na região, principalmente nos períodos de entressafra da cana-de-açúcar, absorvendo parte da mão-de-obra ociosa em seu processo de produção de suco de frutas cítricas, gerando empregos no setor primário.
Acredito que a melhor política econômica para o Estado do Rio é a interiorização do desenvolvimento, pois vai reduzir a pressão na área da Meso - Região Metropolitana, que está no limite, não suportando mais os altos índices de crescimento demográfico. Se pensarmos um modelo de gestão de desenvolvimento, focando o Estado a partir de um espaço homogêneo, do ponto de vista econômico e social, com certeza não precisaremos fazer grandes esforços. Seguindo esta linha, estaremos pavimentando o caminho para o futuro, pois o desenvolvimento será a base econômica que vai criar condições para que este Estado possa ser pensado no seu conjunto. Com isso vai estagnar o processo de migração, observado por muitos anos, que vem degradando a região metropolitana com o seu crescimento desordenado.
Para melhor atender a toda esta demanda de produção e investimentos, se tornam necessárias à construção do Arco Rodoviário Metropolitano do Rio, com 72 km de estradas, e a urgente duplicação completa da BR-101 (cujo trecho entre Santa Cruz e Itacuruçá já se encontra em obras), possibilitando a eliminação do estrangulamento da BR-040 ao Porto de Itaguaí e propiciando os promissores projetos de fruticultura, entre outros.
O Norte e o Noroeste Fluminense, tão marginalizados nas atenções governamentais há várias décadas, estão a exigir uma ação planejada e conjunta das três esferas de governo, objetivando reverter uma tendência que só aprofunda o seu esvaziamento.
Torço para que o nosso Governador invista em infra-estrutura naquela região, pois não podemos deixar de sonhar que o estado do Rio pode ser celeiro energético, além de petróleo, com produção do Etanol, pois as condições nós temos: Terra, Sol, Água e muita Tecnologia.
ADENIL COSTA
É Diretor de Administração e Finanças – Prefeitura/RIOLUZ
e-mail: adenilmc@terra.com.br