Nos últimos anos, a Cidade do Rio de
Janeiro passou a ser uma das principais cidades a liderar, no Brasil, a
valorização dos imóveis. Esta onda de valorização urbana está relacionada a
alguns fatores, tais como o estrutural, o déficit habitacional e também a falta
de espaços urbanos com estrutura disponível para construção. Tudo isto
associado aos megaeventos que foram sediados na cidade, como os jogos
Pan-Americanos de 2007, que deixaram um grande legado e preparam a cidade para
novas conquistas.
Além disto, o Rio receberá, nos
próximos anos, grandes eventos e dentre estes, a Conferência das Nações Unidas
sobre o Meio Ambiente / RIO + 20 (Desenvolvimento Sustentável), que acontecerá
em junho de 2012, onde estarão reunidos, aproximadamente, 100 Chefes de
Estados; Encontro Mundial da Juventude Católica, em 2013; a Copa das
Confederações, em 2013; a Copa do Mundo (FIFA), em 2014, e as Olimpíadas em
2016.
Vale ressaltar, que houve um aumento
considerável na renda dos consumidores, ampliação na divulgação dos programas
habitacionais e a facilidade para obtenção de crédito para compra da moradia.
A partir da década de 90 houve uma
melhor percepção dos gestores públicos sobre a necessidade de se promover o
desenvolvimento ENDÓGENO na cidade, e isto gerou avanço para vários pontos da
Cidade do Rio. Para que se alcançasse esse avanço, foi necessário criar um plano
estratégico para cidade, que foi discutido com os diversos segmentos da
sociedade civil organizada, coordenado pelo governo municipal. Para o
desenvolvimento do plano participaram, aproximadamente, 750 pessoas e
instituições da sociedade civil organizada, onde as decisões foram tomadas com
a participação do governo, do setor de negócios e da sociedade em geral.
A finalidade do plano era transformar
a Cidade do Rio de Janeiro em uma grande metrópole, com crescente qualidade de
vida, empreendedora e competitiva, com capacidade para ser um centro de
pensamento e geração de negócios para o país e sua conexão privilegiada com o
exterior. A idéia era valorizar os espaços públicos (centros de bairros, áreas
com potencial para pólos gastronômicos, pólo de automóveis, expansão do mercado
imobiliário etc.), para atender a demanda do mercado, chamando a iniciativa
privada para esta grande parceria, pois a função do governo é a articulação
social e a dos empresários é de gerar trabalho e renda na cidade, isto onde
eles entenderem que exista potencial para investimento e para crescimento.
Podemos dizer que este plano, de iniciativa do governo municipal, foi bem
aceito pela iniciativa privada.
Para minimizar o engessamento do
crescimento de várias áreas da cidade foram criados vários PEU’s (Plano de
Estruturação Urbana), planejando melhor o desenvolvimento da cidade, definindo
gabaritos para os prédios, áreas industriais, comerciais, residências e de
proteção ambiental entre outras melhorias. Isto ajudou substancialmente o
desenvolvimento ordenado e o crescimento de vários bairros da cidade. Estas
medidas vieram acompanhadas da valorização dos espaços públicos, dando ao Rio
uma colocação importante no cenário econômico nacional e internacional.
Em fim, esta e uma cidade que produz
zunidos vibrantes, e uma cidade exclusivamente que gera formas significantes na
sociedade. E, portanto, tem condições especiais na realização dos valores da
liberdade, da igualdade, de fraternidade e de sociedade, além de produzir o
estimulo intelectual. O Rio produz inteligência declarando-se distinta em
comercio, em serviços e arte, em cultura e recursos, em limites e heranças, em
clima e geografia, em sua identidade.
E uma cidade que planeja, que
constrói, atraí novos negócios e determina sua identidade comunitária, onde
tudo trabalha para criar a própria vibração e zunido e sua corrente e voltagem.
Não podemos esquecer-nos do fato de
que por mais que se invista na questão estrutural da cidade (Transoeste,
Transolimpica, Transcarioca, duplicação das vias arteriais, construção de
viadutos, de túneis, melhorias físicas e operacionais no trânsito), vamos
sempre ter dificuldade na mobilidade das pessoas, pois além do “boom imobiliário”
(que não considero especulação, e sim, conseqüência do déficit habitacional),
por ser o Rio, uma Cidade Maravilhosa, com tantas belezas naturais, tem atraído
pessoas de vários lugares do Brasil e do mundo.
Como exemplo de crescimento endógeno,
está o bairro de Campo Grande, pois a partir de 2008, com a vinda de grandes
empresas do ramo da construção civil para região, teve um grande aquecimento na
área imobiliária, tendo em 2012, aproximadamente, 15 mil unidades habitacionais
e comerciais sendo entregues, aumentando a população em torno de 60 mil pessoas
e mais gente ainda chegando ao bairro. Com a inauguração do novo Shopping da
Estrada do Monteiro, somados aos dois que já funcionam no bairro, vamos ter um
fluxo muito grande de pessoas.
Campo Grande, sem dúvida, é um dos
melhores bairros para se investir. Venham crescer com a gente!!!
Adenil Costa: Ex-Subprefeito da Zona
Oeste (2000 a 2006)
Diretor Comercial da RAL IMOVEIS e
Correspondente da CAIXA ECONOMICA.
Site: www.ralimoveis.com