O grito e geral, quando se fala
de repasses do governo federal para os estados e municípios, que são feitos
através do FPE e FPM (Fundo de Participação Estadual / Municipal).
Importante saber como são
distribuídos (repassados), para os estados os recursos dos impostos do país,
arrecadados pela Receita Federal, excluído os da previdência. Conforme mostrou
a matéria no O Globo de domingo (09/12/12) - fonte do Tesouro Nacional,
onde o governo arrecadou este ano de 2011, até novembro, aproximadamente R$
667,3 bilhões e repassou para os estados somente R$ 48,07 bilhões, ou seja 7,2%
do que arrecadou.
Para entendermos melhor a
distribuição, o Brasil, esta dividido em cinco Mesorregiões, NORTE, NORDESTE,
CENTRO OESTE, SUDESTE e SUL.
1- NORTE – Arrecadação feita pela
Receita Federal, em 2011 (excluído os da previdência), foi de R$ 14,91 bilhões,
e o valor repassado aos estados, através do FPE foi de R$ 12,20 bilhões –
81,8%.
2- NORDESTE – R$ 43,13 bilhões, e
o valor repassado aos estados, através do FPE foi de R$ 25,22 bilhões – 58,5%.
3- CENTRO-OESTE – R$ 79,67
bilhões, e o valor repassado aos estados, através do FPE foi de R$ 3,45 bilhões
– 4,3%.
4- SUDESTE – R$ 442,38 bilhões, e
o valor repassado aos estados, através do FPE foi de R$ 4,08 bilhões – 0,9%.
5- SUL – R$ 87,25 bilhões, e o
valor repassado aos estados, através do FPE foi de R$ 3,13 bilhões – 3,13%.
A redução nos valores dos
repasses pelo governo federal para estados e municípios, em 2012, foi em função
da queda na arrecadação e também pelas políticas de incentivos ficais do
governo atual.
A desoneração nos vários setores
da economia afeta, sobretudo o IPI e o Imposto de Renda, e impacta diretamente
o FPE. Explica o economista Gabriel Leal de Barros Ibre/FGV, que os impostos
que fornecem as principais receitas que alimentam o FPE e FPM, são do IR e IPI,
e que o maior esforço de arrecadação do governo federal tem recaído sobre as chamadas contribuição
sociais, CSLL, PIS, CONFINS E CIDE – Combustível, onde estes não precisam ser
repassados.
Ou seja, o governo federal e o dono das
contribuições sociais e costuma até elevá-las para aumentar sua receita. A sua
política de isenção em cima do IPI, e o que tem afetado diretamente os estados
e municípios.
Já se faz necessário um grande
movimento, em defesa de um novo pacto federativo.
Quem tem perdido são os estados
que mais contribuem, como São Paulo, Rio de Janeiro Minas Gerais, Distrito
Federal e os do Sul.
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