quinta-feira, outubro 06, 2005

PROJETO 3ª VIA – SEPETIBA

PROJETO 3ª VIA – SEPETIBA

CONSTRUÇÃO DA HIDROVIA DOS JESUITAS – O PORTO-CANAL DE SEPETIBA

Ate o Império, embarcações trafegavam pelos canais Guandu/São Francisco, conduzindo todos os tipos de produtos produzidos na região. Os canais navegáveis tiveram papel relevante na interiorização do desenvolvimento em direção as regiões serranas do Estado do Rio de Janeiro.
A proximidade do inicio das operações do recém-inaugurado Terminal de Uso Múltiplo do Porto de Sepetiba, tem levado os governos e a sociedade a demandar ações do poder público no sentido da superação da demanda que os atuais acessos a Sepetiba oferecem aos meios de transportes, para que o Porto venha a cumprir seu papel de HUB-POT do Atlântico Sul. O Porto, desde sua inauguração em 1982, e acessado por duas modalidades de transporte; a ferrovia e a rodoviária. A via rodoviária BR-101, apresenta condições operacionais insatisfatória para o trafego de carretas, dada a sua característica turística e ocupação urbana desordenada de suas faixas de domínio e de seu eixo nas proximidades do Porto.
Estudos elaborados no âmbito do MT-DNER e do Estado/FIRJAN para duplicação das rodovias BR-101 (Rodovia Rio Santos) e BR-465 (Rod. Antiga Rio / São Paulo) e para a ampliação da RJ-109, com vistas a melhorar as condições operacionais do transporte de carga na região, mostra o impacto ambiental que a elevação ao UMD irá acarretar no tecido urbano, preocupando as administrações municipais do entorno do Porto de Sepetiba.
O transporte hidroviário de cargas, através de um porto-canal poderia vir a se constituir em uma 3ª VIA no sistema multimodal de acesso ao Porto de Sepetiba. A 3ª Via de Sepetiba, HIDROVIA DOS JESUITAS, se constituiria, assim, numa via navegável implementada sobre o curso d’água do Sistema Guandu / São Francisco (com aproximadamente 37Km de extensão), mediante a realização de obras complementares de canalização que venham a permitir o serviço de transporte hidroviário de cargas de alto valor econômico agregado entre o Porto e a Via Dutra, junto á futura RJ-109.
O Porto Canal facilitaria o acesso a Sepetiba para cargas proveniente do Vale do Paraíba, Sul de Minas, Zona da Mata Mineira, Norte do Estado do Rio, Baixada Fluminense e Grande Rio, cumprindo desse modo sua função de aliviar a demanda incidente sobre os demais modais de transportes, e de reduzir o impacto das atividades portuárias sobre o tecido urbano dos municípios costeiros da região.
A movimentação e transferência das cargas dentro desse corredor de transportes, segundo uma logística multimodal, seria efetuada a partir de terminais especializados, alfandegados implantados ao longo da aquávia, propiciando a desconcentração das atividades econômicas e abrindo espaço para o desenvolvimento capilar e harmônico da região comprometida pelos municípios de Itaguaí, Rio de Janeiro, Seropedica e Nova Iguaçu.
A hidrovia poderia ser futuramente estendida em direção a Zona Oeste do Rio de Janeiro, mediante incorporação, por canalização dos rios Guandu-Mirim e seu afluente Campinho, levando seus benefícios à área Norte do Distrito Industrial de Palmares. A integração do Porto-Canal com a RJ -109 nas proximidades da Via Dutra, que resultaria numa extensa e sofisticada rede de transporte intermodal para o Estado do Rio de Janeiro.

Adenil M. Costa
Subprefeito de Campo Grande
adenilmc@aol.com
Publicado no Jornal A Trombeta Zona Oeste

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