“Há um interesse mundial pelos métodos e pelos
resultados da "Abenomics", a nova política econômica posta em prática
no Japão pelo Primeiro Ministro Shinzo Abe. Com efeito, a economia japonesa
recuperou-se de sua longa letargia. No primeiro semestre deste ano, seu PIB
acusou um aumento de 2% - algo invejável numa economia até então estagnada, com
uma população de nível já bastante elevado”.
Mais uma vez a Internet, mostra que através das redes sociais
reaviva e multiplica a memoria das pessoas quando bem trabalhado.
(ELEIÇÕES/JAPÃO - Artigo publicado em
21 de Julho de 2013 - Atualizado em 21 de Julho de 2013 – RFI Português) A coalizão do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe,
conseguiu a maioria absoluta nas eleições para o senado do país neste domingo.
O resultado mostra sua força política, após uma campanha que pôde, pela
primeira vez, ser realizada pela internet, e abre caminho para uma estabilidade
inédita no país desde 2006, quando deixou o ex-premiê Junichiro Koizumi deixou
o poder.
A
coalizão formada pelo partido de Shinzo Abe, o Liberal Democrata (PLD, de direita),
e o Novo Komeito (centro) obteve a maioria absoluta no senado. Os dois partidos
juntos conseguiram 132 cadeiras na alta câmara (63 para o PLD e 73 para o Novo
Komeito) sobre os 242 cadeiras em jogo.
Em
discurso televisão japonesa, Abe comemorou a vitória agradecendo os eleitores e
dizendo que, com o resultado, as decisões acontecerão de forma mais rápida. “A
política econômica que nós seguimos é a melhor e nós continuaremos neste
caminho porque isso nos traz efeitos positivos sobre a economia real”,
declarou.
A
principal força de oposição, o Partido Democrata do Japão (PDJ, de
centro-esquerda) não conseguiu se mobilizar e vive uma nova derrota após perder
as eleições legislativas de dezembro, que colocou fim aos três anos a frente do
governo japonês. Um dos motivos é a popularidade do primeiro-ministro japonês.
Ele conta com 60% das opiniões favoráveis desde seu retorno ao governo, há sete
meses.
Entre os
principais desafios de Abe estão o relançamento desta que é a terceira maior
economia do mundo, mas que teve muitas despesas com a recuperação pós-Fukushima
em 2011. O Banco do Japão foi obrigado a injetar imensos montantes para a
reconstrução do país após o tsunami e a catástrofe nuclear.
Um outro
importante objetivo a ser cumprido pelo governo do premiê é elevar o potencial
de crescimento do país, reestruturando o setor agrícola, e estabilizar o
desregulamento e as modificações das regras do mercado de trabalho.
Analistas
acreditam que, para esta segunda etapa de seu governo, Abe utilizará sua legimitidade,
reforçada com a política de recuperação econômica e apelidada de “Abenomics”,
que aumentou a sua popularidade e chamou atenção dos governos internacionais.
Em contrapartida, as pautas nacionalistas e o conservadorismo da política de
Abe preocupam os especialistas.
Para o
professor de Ciências Políticas da Universidade de Niigata, Yoshinobu Yamamoto
as eleições deste domingo não passam de “um referendo virtual sobre o
Abenomics”.
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